segunda-feira, 17 de maio de 2010

Será que é possível reinventar o frevo?


No Dia 9 de fevereiro de 2007, o Recife comemorou os 100 anos do frevo, ritmo genuinamente pernambucano, que apesar de popular, só é tocado e cantado pela massa pernambucana nos dias de carnaval. O povo, agora, só ferve uma vez ao ano. Os frevos de bloco, com suas belas letras, retratam a identidade cultural pernambucana, suas conquistas e sua tradição.



Patrimônio imaterial brasileiro, o frevo representa a essência da boa música. Hoje, o frevo não é reconhecido – muitas vezes nem conhecido-, em boa parte do nosso país. Não há aquele sentimento com relação ao frevo como parte da música popular brasileira que muitos cultuam em relação ao samba, a bossa nova e a tantos outros ritmos. Os próprios pernambucanos ouvem mais samba que frevo. Por que será?



Se pararmos para analisar, o samba conseguiu transpor a barreira do carnaval e se reinventou musicalmente, junto com o surgimento de novos sambistas, adaptações de letras e o samba sendo ouvido nas rádios todos os dias. Será que é possível reinventar o frevo? Será que algum dia um número considerável de pernambucanos vai ouvir esse estilo musical todos os dias?



Na nossa ótica, o Maestro Forró está um passo à frente dos demais músicos. Ele consegue interagir com o público e fazer com que o povo vibre ao escutar um frevo. Até mesmo os frevos que não são tão “batidos”, como Vassourinhas, despertam uma fervura a mais nos pernambucanos, coisa que falta para voltarmos aos tempos áureos do frevo de rua e do frevo-canção, tão populares antigamente.



Mariana Franca -Texto opinativo (Jornal e Novas Tecnologias)

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