
Surgido nos meados do século XVIII, o Maracatu é uma das maiores manifestações culturais presentes no estado de Pernambuco. Como grande parte da cultura popular brasileira, o Maracatu é uma miscelânea de tradições indígenas, africanas e européias. Poucos sabem, no entanto, a existência e diferença de dois tipos de Maracatu: o Nação, também conhecido como de Baque Virado, e o Rural, sinônimo do Baque Solto.
O primeiro, Maracatu Nação, baseava-se em cortejos que homenageavam, no período escravocrata, os Reis e Rainhas do Congo, lideranças políticas entre os escravos que faziam o intermédio dos africanos com o poder estatal português. Ao fim da escravidão, a atividade passa a figurar nos carnavais com assiduidade, tal qual outro fenômeno carnavalesco típico do estado: o frevo.
Entre os inúmeros personagens do Maracatu de Baque Virado estão o rei, a rainha, damas-de-honra, duque e duquesa, conde e condessa, porta-estandarte, batuqueiros, entre outros. A orquestra é toda composta por instrumentos de percussão.
O Maracatu Rural – de Baque Solto – é originário da segunda metade do século passado e diverge do Nação em, basicamente, três aspectos: nos personagens, no ritmo tocado e na organização dos participantes. É uma espécie de fusão de elementos dos vários festejos populares que vêm às ruas de cidades próximas aos engenhos de açúcar de Pernambuco, como Nazaré da Mata, Goiana e Timbaúba.
O Maracatu Rural – de Baque Solto – é originário da segunda metade do século passado e diverge do Nação em, basicamente, três aspectos: nos personagens, no ritmo tocado e na organização dos participantes. É uma espécie de fusão de elementos dos vários festejos populares que vêm às ruas de cidades próximas aos engenhos de açúcar de Pernambuco, como Nazaré da Mata, Goiana e Timbaúba.
A ausência de Rei e Rainha democratiza o Maracatu de Baque Solto, que é composto principalmente por caboclos de lança, ícone da cultura pernambucana. Chocalhos, surdos, cuícas, trombones e outros instrumentos de sopro dão uma identidade própria a esse tipo de Maracatu.
Após beirar a decadência, os anos 90 “ressuscitaram” o Maracatu. O movimento Manguebeat, liderado por Chico Science, junto à criação do grupo Nação Pernambuco e as ações do Movimento Negro Unificado (MNU) levaram o gênero musical a patamares inimagináveis até então. Hoje a manifestação tomou proporções globais e grupos percussivos atuam não só em todo o Brasil, mas em países como Inglaterra, França, Japão, Alemanha, Estados Unidos e diversos outros.
por Alexandre Cunha
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O vídeo a seguir é o clipe da música "Maracatu Atômico", da banda Chico Science & Nação Zumbi, precursora do movimento Manguebeat que resgatou o maracatu para o cenário musical em todo o mundo.
Após beirar a decadência, os anos 90 “ressuscitaram” o Maracatu. O movimento Manguebeat, liderado por Chico Science, junto à criação do grupo Nação Pernambuco e as ações do Movimento Negro Unificado (MNU) levaram o gênero musical a patamares inimagináveis até então. Hoje a manifestação tomou proporções globais e grupos percussivos atuam não só em todo o Brasil, mas em países como Inglaterra, França, Japão, Alemanha, Estados Unidos e diversos outros.
por Alexandre Cunha
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O vídeo a seguir é o clipe da música "Maracatu Atômico", da banda Chico Science & Nação Zumbi, precursora do movimento Manguebeat que resgatou o maracatu para o cenário musical em todo o mundo.
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